Arte e História, abaixo o anacrônismo e o saudosismo
Não tenho a menor pretensão de definir o que é arte, de julgar se algo é mais ou menos arte, não sei se a arte pode ser mensurada, até porque entendo que a arte compõe o universo da cultura, está intresecamente ligada a subjetividade humana, como produto da cultura e inserida na sociedade a arte representa o seu tempo e a produção artística representa necessariamente um espelho de quem a produz, carregando cada minúcia, a arte sempre pôde nos dar um apanágio da sociedade. É nesse sentido que sou um profundo apreciador do mordernismo e do pós-modernismo em todas as suas esferas, sei que os mais ortodoxos, pressos a uma visão romântica de arte, enquanto domíneo de uma técnica apurada, capazes de criar imagens, sons e sensações maravilhosas, torcem o nariz para o dadaísmo, para a arte abstrata, modernismo e pós-modernismo. Há aqueles que dizem que o dadaísmo matou a arte, uma afirmação no mínimo pretensiosa, (porque definem e limitam o que é a arte a partir de uma preferência pessoal)particularmente eu vejo o dadaísmo como arte revolucionária, na medida em que é produzida a contra-pêlo da história da arte burguesa e elista, com relação ao absurdo que alguns vêem nessa arte, bom, seria anacrônico pensar numa arte rococó numa sociedade veloz, destrutiva e pós-moderna como essa, onde os valores clássicos foram (felizmente) colocados no lixo pelo capitalismo. A meu ver a arte pós-moderna, em todas as suas formas, poesia, pintura, cinema, cança, música e etc... representam bem a vida urbana, dinâmica, cybernetica e totalmente nova que nós estamos vivenciando. Pra mim o melhor o exemplo dessa coerência entre arte e contexto histórico social seja o album dos tribalistas, arranjos simples, primitivista, irracional, sem pretensões e nem propósitos, afinal não vivemos na sociedade do romantismo nem da utopia, vivemos na sociedade do individualismo, da queba de padrões e valores "eu sou de ninguem, eu sou de todo mundo e todo mundo me quer bem" os tribalistas já querem ter razão, canta Marisa Monte, que sejam enterrados de vez os valores antigas, que rompa-se de uma vez por todas o velhor e que instaure o novo.
Legal Marcos. Muitas coisas sobre a arte eu não concordo com você, eu não sou modernista, mas respeito o seu pensamento.
ResponderExcluirBeijos
eu ainda vou de levar pro lado negro da força, minha doce Ana
ResponderExcluirtu ainda serás uma modernista minha amada
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