Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2012

Como se coloca o problema de Deus hoje

Hoje o tema de Deus está em alta. Alguns em nome da ciência pretendem negar sua existência como o biólogo Richard Dawkins com seu livro Deus, um delírio (São Paulo 2007). Outros como o Diretor do Projeto Genoma, Francis Collins com o sugestivo título A linguagem de Deus (São Paulo 2007) apresentam as boas razões da fé em sua existência. E há outros no mercado como os de C.Hitchens e S.Harris. No meu modo de ver, todos estes questionamentos laboram num equívoco epistemológico de base que é o de quererem plantar Deus e a religião no âmbito da razão. O lugar natural da religião não está na razão, mas na emoção profunda, no sentimento oceânico, naquela esfera onde emergem os valores e as utopias. Bem dizia Blaise Pascal, no começo da modernidade: “é o coração que sente Deus, não a razão” (Pensées frag. 277). Crer em Deus não é pensar Deus, mas sentir Deus a partir da totalidade do ser. Rubem Alves em seu Enigma da Religião (1975) diz com acerto: “A intenção da religião não

Revista Veja contra Filosofia e Sociologia -

Imagem
A “Veja” contra a lei de obrigatoriedade da Filosofia e Sociologia no Ensino Médio. por Vitor Hugo Fernandes de Souza * e Diego Felipe de Souza Queiroz * A revista Veja publicou matéria no dia em sua edição 2158 / 3 1/03/2010 ( também disponível no site ) fazendo duras críticas ao ensino de Sociologia e Filosofia no ensino médio, que a partir deste ano é obrigatório em todos os anos do ensino médio. A crítica principal se direciona aos currículos elaborados pelas secretarias estaduais de educação que, segundo a revista, seriam “um festival de conceitos simplificados e de velhos chavões de esquerda”, citando vários estados brasileiros. Seus “profundos” comentários se direcionam também aos cursos de Ciências Sociais, que segundo o autor “se ancoram no ideário marxista”. É citada também uma fala do diretor de um colégio particular de São Paulo: “Está sendo duríssimo achar professores dessas áreas que sejam desprovidos da visão ideológica". Para concluir a o artigo, o

O Haiti, dois anos após terremoto. por Antonio Barbosa Lúcio

O Haiti, dois anos após terremoto. Quase nada mudou mundo abandona o Haiti. Os recursos destinados são continuamente denunciados por desvio de funções e, pouco foi feito. O Brasil resolveu fazer algo, vai manter os vistos de trabalho para aqueles que fugiram da fome, da miséria, da corrupção política, dos interesses das grandes construtoras e, vai expulsar aqueles que estão tentando, como última opção, uma vida em um outro país. Sempre permanece a solução da não solução. No país do subemprego, que futuro terão aqueles que procuram outro lugar para viver? "Planos ambiciosos pediram por US$ 500 milhões para reconstruir 50 novas escolas, por US$ 200 milhões para dar a Porto Príncipe sua primeira instalação de tratamento de água e por US$ 224 milhões para criar um parque industrial para 65 mil operários da indústria do vestuário - todos com o objetivo de depositar as fundações para um novo Haiti. Mas enquanto o país mais pobre das Américas marca o segundo aniversário do terremoto que