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Mostrando postagens de maio, 2013

Durkheim, As regras do método sociológico e o positivismo.

O século XIX é um período de grande ebulição política e intensas transformações sociais. As conquistas da revolução francesa traziam um novo apanágio à vida urbana europeia. As promessas de liberdade, igualdade e fraternidade encampadas no século XVIII ainda ecoavam no coração e na perspectiva histórica do trabalhador; contrastando com a esperança de um mundo melhor e igualitário e com uma memória e imagem idílica do passado campesino/parnasiano; o presente era algo desolador. As transformações operadas pelo capitalismo nas paisagens e na vida das pessoas apontavam no sentido da desumanização do homem. A natureza cedia lugar a um mundo feito de aço e concreto, de nuvens que se tornavam cada vez mais escuras, o ar deixava de ser puro e fresco e passava a ser fétido e impuro, o ritmo e o objetivo do trabalho começavam a ser ditados segundo a lógica da máquina e a pressa do mercado. A novas condições e relações de trabalho acentuavam de forma progressiva o antagonismo de classes, a

Viver em sociedade

Os principais filósofos da antiguidade Sócrates, Platão e Aristóteles, se debruçaram em estabelecer qual seria a razão da política e os valores que deveriam nortear as sociedades, em suma é possível afirmar que para esses pensadores o estado existe para promover o bem e porque não somos autossuficientes, mas animais sociais ou políticos como Aristóteles afirmou na obra a Política. Ainda segundo o estagirita aquele que não precisa da sociedade ou é um deus ou uma besta, como não somos deuses e não queremos ser bestas, é fato que a sociedade política é um bem e precisamos preservá-la. Viver em comunidade é uma atividade humanizadora [M1]   na medida em que podemos nos identificar na experiência do Outro, que temos objetivos e interesses comuns, mesmo que tenhamos pensamentos e religião diferentes temos em comum o interesse pelo bem e pela justiça. Com o propósito de estabelecer uma sociedade mais justa e livre a humanidade criou a democracia, um regime político onde todos os cid

História e narrativa em Walter Benjamin

  Para Walter Benjamin,   a arte do narrador é também a arte de contar, sem a preocupação de ter que explicar tudo; a arte de reservar aos acontecimentos sua força secreta, de não encerrá-los numa única versão . Ao contrário da coerência psicológica do romance e da plausibilidade da informação jornalística, o relato do narrador permanece irredutível a interpretações posteriores, capaz, por isso mesmo de provocar surpresa e reflexão, mesmo depois de muitos séculos, semelhante, Benjamin diz que as sementes mantidas no vácuo durante vários séculos nas pirâmides, e que até os dias de hoje conservam sua força germinativa. Para Walter Benjamin, o romance moderno inauguraria uma nova estilística e modelo estético, mas, por outro lado, ele denuncia o empobrecimento da vivência do ser humano e da experiência coletiva (Erfarung) . Esta experiência era refletida anteriormente pelas narrativas de caráter épico, ou seja, fundadas na tradição oral. Aqui nos peço licença para fazer a seguinte