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Mostrando postagens de 2015

sobre a modernidade e a pós-modernidade

Ao se pensar em pós-modernidade é bastante oportuno iniciar a reflexão fazendo uma contraposição entre esta e a modernidade, pois foi a partir desta oposição, como parece estar claro, que surgiu o termo. “O significado fundamental, ou pelo menos inicial, do pós-modernismo, tem que ser que não há modernismo, não há modernidade. A modernidade acabou” (KUMAR, 1997, p. 78). Para Kumar, então, o início dessa contraposição conceitual tem dois caminhos básicos (pois é ambíguo): significa o que vem depois, algo novo que superou o passado; também tem o final da modernidade, seu término, o post de post-mortem, sem necessariamente algo já definido, ou seja, a percepção do fim do moderno. “Os sentimentos modernistas podem ter sido solapados, desconstruídos, superados ou ultrapassados, mas há pouca certeza quanto à coerência ou ao significado dos sistemas de pensamento que possam tê-los substituídos” (HARVEY, 1992, p. 47). Esta também é a via inicial de David Harvey ao tratar do pós-modernismo.

Os pré-socráticos

A passagem da consciência mítica e religiosa para a consciência racional e filosófica não foi feita de um salto. Esses dois tipos de consciência coexistiram na sociedade grega.      De acordo com a tradição histórica, a fase inaugural da filosofia grega é conhecida como período pré-socrático. Esse período abrange o conjunto das reflexões filosóficas desenvolvidas desde Tales de Mileto (623- 546 a .C.) até Sócrates (468- 399 a .C.). E até mesmo depois com Demócrito 460 a 370 a.C. Vale a ressalva que o termo pré-socrático não é cronológico, serve antes para designar uma filosofia que, diferente de Sócrates, não atingiu a metafísica e a esfera ética e moral. O criador da expressão Aristóteles, um grande estudioso e sistematizador da ciência e da filosofia considerou que Sócrates havia superado as preocupações típicas da physis.     Os primeiros filósofos buscam a arkhé, o princípio absoluto (primeiro e último) de tudo o que existe. A arkhé é o que vem e está antes de tudo, no come

UMA ANÁLISE DA OBRA SÃO BERNARDO DE GRACILIANO RAMOS A PARTIR DA NARRATIVA EM WALTER BENJAMIN

O filósofo da escola de Frankfurt Walter Benjamin tratou na sua obra O narrador, observações sobre a obra de Nicolai Leskov, da morte da narrativa oral que dava lugar ao romance burguês. Nesse ensaio Benjamin afirma que estamos perdendo a capacidade de narrar, de contar uma boa história, essa incapacidade, segundo o filósofo, se deve, principalmente, ao processo de reificação do homem pela alienação do trabalho no capitalismo onde tudo que é humano perde espaço; onde a experiência é indigna de narrar, o velho perde espaço em um sistema que supervaloriza o novo, o descartável e o efêmero. Benjamin deixa isso ainda mais evidente no seu artigo Experiência e pobreza que mostra homens emudecidos com a experiência da guerra e a surgimento de um mundo completamente novo, onde o aprendizado se dá de forma totalmente distinta daquela onde os velhos eram vistos como sábios e suas palavras e conselhos eram ouvidos,  a sua experiência era testemunho de força.             O livro São Bernardo,