O que é Humano não me é estranho

Depois de muito tempo sem postar, em fim me senti motivado a escrever, essa motivação vêm da necessidade de expressar a minha perplexidade diante de alguns acontecimentos que ganharam notoriedade nacional, mas principalmente chocaram a cidade (Arapiraca). Refiro-me claro ao escândalo envolvendo a figura do Monsenhor Luiz Marques Barbosa numa relação sexual com um jovem. Diferente do que as pessoas podem imaginar não é o envolvimento de um padre conservador com um jovem homossexual que me choca e me surpreende, mas a forma como as pessoas estão tratando o episódio. Pois esse fato não revela apenas um falso moralismo por parte do padre, tão conservador nas pregações e tão pervertido entre quatro paredes, antes esse episódio revela uma moral falsa da qual nós mesmos fazemos parte. Quando cremos realmente que alguém passaria a vida inteira sem sexo, quando cobramos a perfeição de seres humanos como nós, igualmente tão falhos, a falsa moral está nos pais de família que enquanto criticam o padre e o coroinha e fazem piadinhas, na verdade tem caso com a amiga adolescente da filha, a hipocrisia está na dona de casa que julga sem cerimônia o comportamento pouco cristão do padre, mas se trai o marido com a cunhada. Na verdade vivemos numa sociedade em que as pessoas se reprimem, em que vivem tentando não ser quem são, vivemos em uma moral totalmente falseado, valores cristãos que não valem mais, que são anacrônicos, a igreja está decadente, pedófilos e tarados se disfarçando atrás de uma batina, homossexuais que se casam com mulheres numa tentativa desesperada de não serem descobertos pela sociedade que não os aceita, e claro a verdade acaba sempre vindo à tona. Impressionante como a sociedade padronizou as pessoas a um ponto, que todos tentam se enquadrar na idéia de uma normalidade, para isso reprimem seus desejos e sua personalidade, se anulam como seres humanos. Enquanto as pessoas ainda se espantam com certos comportamentos que consideram abomináveis (como se fossem verdadeiros anjos) eu lembro a frade do psicanalista Karl Rogers "o que é humano não me é estranho". Abaixo o falso moralismo

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