Deseducando
Agora como já hábito meu pretendo causar polêmica ou mínimo um debate interessante sobre esse tema: Educação. Como educador entendo que o meu ofício é conduzir (ou ajugar na condução) as pessoas de um lugar a outro, da doxa a episteme, do conhecimento de senso comum; baseado nos preconceitos e análises rasteiras e pré-concebidas da sociedade; ao conhecimento científico e acadêmico, entendo assim como Gramsci que a educação deve levar as pessoas a conheceram ciência, esse é o papel da escola. Entretando no Brasil as escolas se tornam cada vez mais refens dos preconceitos da sociedade, se tornam mais tradicionais, o conservadorismo de pessoas mau preparadas e de formação filosófica medíocre impede que as escolas percebam que o mundo mudou, a sociedade exige uma outra prática, as crianças e adolescentes são obrigados a ficar sentados por horas todos os dias, não se valorizam as suas habilidades, há um distanciamento entre aqueles que praticam a docência ou são gestores e a linguagem do jovem atual, se Rousseau na sua obra Emílio, atentava justamente para a necessidade de despertar nos jovens as suas potencialidades, valorizando as suas habilidades, o que temos hoje é obrigatoriedade de um ensino mecânico voltado para a formação de mão de obra para o capital. Mesmo aqueles que se dizem progressistas se rendem as regras do capital, sobretudo no ensino privado, onde as escolas se tornaram cursinhos voltados para a aprovação em vestibular, enquanto isso aquele papel da educação que seria a formação da consciencia critica e o desenvolvimento do ser humano perde espaço, ou deixa de existir. O resultado de tudo isso é uma juventude alienada, incapaz de questionar seus direitos básicos, professores calados e conformados pelo capital privado e uma verdadeira orgia lucrativa daqueles que vivem de vender a "deseducação", de formar imbecís e não intelectuais.
É tão comum nas escolas privadas acontecerem esse tipo de coisas onde os alunos como os professores precisam se calar e deixar de expressar o que sentem por medo, opressão. Desde algum tempo tudo esta mudando e com as mudanças se mudam os habitos e se mudam a forma de se ver as coisas. Não sejamos injustos, determinadas ações são sim cruciais para um bom desenvolvimento em um colegio. Outras ações são ridiculas ao ponto de prejudicar diretamente um todo de alunos que precisam de determinados profissionais que os deixam mais a vontade para interagir e opinar sobre tudo que tem vontade. Por fim eu só tenho uma coisa a dizer ! NÃO A OPRESSÃO! TEMOS O LIVRE DIREITO DE NOS EXPRESSAR DA FORMA QUE QUISERMOS E SE ALGUEM TEM ALGO CONTRA PROCURE A MELHOR MANEIRA DE MOSTRAR SE ESTAMOS ERRADOS E CORRIGIR OU APENAS APOIAR OU SER NEUTRO A NOSSAS AÇÕES! SOMOS O QUE SOMOS E NINGUEM MUDA ISSO. OS JOVENS DE HOJE OU PARTE DELES REPRESENTAM A REVOLUÇÃO. DEIXEM O ANTIQUADRISMO PRA TRAS E SEJAM BEM VINDOS A UM NOVO MUNDO.
ResponderExcluirmuito bem, o passado serve para se compreender os erros e tranforma-los no presente, não pra ficarmos exaltando o passado, não podemos ficar pressos àquilo que não nos serve mais, a autoridade é justa, mas o altoritarismo é anacrônico
ResponderExcluirEducação
ResponderExcluirA minha vida inteira estive ligada a isso, pois minha mãe é funcionária publica da educação. E por muito tempo a vi reclamando da estrutura do ensino publico, muitos alunos em sala e pouco recursos para atender aos alunos de forma diversificada. E ela tem de aceitar isso muitas vezes calada, fingindo esta tudo bem. Isso acontece com a realidade do Ensino Integral aqui em Arapiraca.
O que não é suportável é não poder mudar essa realidade política que esta aí onde intencionalmente os políticos buscam colocar a culpa no professor por os fracassos escolares sabendo que o professor é a maior vitima dessa política desgovernada. Precisa-se de uma política social a atender as famílias desfavorecidas não com bolsa escola, família e etc. E sim, uma política de cooperativa que venha ensinar as pessoas a pescar e não dá o peixe pronto.
Hoje será cada vez mais difícil se sustentar nessa profissão de professor devido as condições e o tratamento oferecido por diversas instituições públicas ou privadas. A linguagem global fala em se formar cidadão crítico, constando isso na constituição ,LDB e todas as leis atuais,mas só fica na linguagem pois o cidadão está cada vez mais subserviente a um sistema retrógado.
As pessoas de criticidade hoje sofrem pois são perseguidas não de forma aberta mais são colocadas de escanteio,são dia a dia anuladas, e se não críticas são subservientes e obscuramente exploradas.
Obs.: Tive ajuda da minha mãe para escrever esse comentário. Tudo o que está escrito é também a minha opinião, juntamente com a dela.
é verdade Ana, tão ou mais triste que os políticos colocarem a culpa de tudo nos professores, são professores culpando os professores, são gestores sem nenhuma autonimia intelectual pra criticarem faças como o suiço Philipp Perrenou com a sua falaciosa idéia das competências, triste é ver o objetivo maios da educação, produzir conhecimento cientifico, se tornar apenas formar massa de manobra
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